Contexto do PASME

07/11/2017 18:56

Contexto

Desde o início dos anos 90 a UFSC vem desenvolvendo um conjunto de projetos de inserção na rede de atenção psicossocial, apoiando diferentes ações acadêmicas inseridas nos serviços de saúde. Esse processo de avanços da década de 90 acontecia como resposta à abertura democrática e também à necessidade de consolidação do SUS (Sistema Único de Saúde), previsto na Constituição de 1988.

Nos anos que se sucederam, o Brasil foi protagonista mundial na implantação dos princípios do SUS, fato este que corroborou fortemente para a consolidação de políticas de saúde mental mais avançadas, próximas ao proposto pela reforma psiquiátrica italiana ocorrida na década de 70.

A UFSC, no Estado de SC, foi pioneira e grande apoiadora das secretarias de saúde dos município da  região e também estadual, executando a implantação de projetos inovadores. Vale lembrar que, naquele período, apesar das novas políticas de saúde mental apresentarem um desenho propositivo interessante, o Brasil não tinha experiência nessas práticas. E foram as universidades, em todos os cantos do país, as grandes responsáveis em formar novos recursos humanos capacitados para o SUS, para as redes de atenção psicossocial e para projetos interdisciplinares – elementos estes que ainda hoje são desafios na vida acadêmica e entre os trabalhadores da saúde.

De fato, durante os anos 2000 tivemos muitos avanços. Muitos editais de residências multiprofissionais em saúde foram lançados, bem como fomentos para pesquisas, ensino e extensão através de programas específicos de incentivos à formação.

Ainda assim, as questões de saúde mental continuaram muito difíceis no âmbito da saúde pública, pois deslocar o eixo dos tratamentos que foram, anos a fio, focados na internação manicomial para introduzir a nova concepção de atenção psicossocial, não é trabalho que se faça em uma década. Provavelmente, teremos longos anos pela frente e mudanças paulatinas apoiadas em várias gerações.

Por volta dos anos 2010, o MEC e o Ministério da Saúde criaram diretrizes interministeriais que definiam mudanças curriculares profundas nos cursos da saúde. Estas diretrizes curriculares previam a formação de uma nova geração de profissionais que estivesse mais capacitada para o trabalho no SUS. A UFSC contou com o Pró-Saúde, o PET-Saúde e outros apoios nessa trajetória.

No contexto atual, o Brasil cortou grande parte dos apoios a projetos das universidades federais. Mas o sonho não acabou.

Continuamos todos os dias, formando pessoas. Esperamos que esse programa, o PASME, possa contribuir como um detalhe neste imenso cenário que é a formação de profissionais em saúde na nossa região.

Objetivos:

Geral

Fortalecer a implantação do modelo de atenção em saúde mental previsto pela Lei 10.216 de 2001, através de ações da universidade em parceria com as políticas públicas da região.

Específicos

– Contribuir para formação de profissionais de saúde capacitados ao trabalho em saúde mental no SUS;

– Apoiar o ensino de psicologia da saúde no curso de Graduação em Psicologia;

– Apoiar ensino, pesquisa e projetos de extensão dos cursos de saúde na UFSC;

– Colaborar com o serviço da rede de atenção psicossocial, atendendo parte da demanda da rede através de atividades supervisionadas de alunos da UFSC;

– Contribuir com a formação profissional dos profissionais da rede, através de seminários integrativos periódicos.